quarta-feira, 18 de março de 2015

As mulheres podem ou não serem pastoras (pregadoras)?

As mulheres podem ou não serem pastoras (pregadoras)? O que Paulo queria dizer em suas epístolas sobre isto.


Tenho certeza que mesmo em igrejas onde é permitido a mulher ensinar, pregar, ter uma função nela, ainda sim vejo pessoas com dúvidas em relação ao tema, principalmente quando se deparam com as palavras mordazes de Paulo em suas epístolas.
Ao que muitos líderes religiosos utilizam-se destas passagens para “amordaçar” asmulheres na igreja, colocando sobre elas quase que uma “burca” espiritual, não as deixando como companheiras ou como co-participantes na obra redentora de Cristo, mas como pessoas indignas de exercer o IDE de Jesus, pois quando não lhes é permitido pregar (Romanos 10:14-15), como as pessoas crerão? Como ouvirão?
Afinal, será que o apóstolo Paulo odiava as mulheres como muitos filósofos e integrantes do movimento feminista afirmam? Será que era um “mulher fóbico”? Ou era adepto do grupo Talibã (radicais que subjugam as mulheres)? Talvez alguém que tinha sido traumatizado por alguma mulher e por isto as odiava (dedução de alguns psicólogos ateus)?
Não, posso lhes afirmar que nenhuma das questões (é claro que levei em tom de ironia algumas) acima corresponde com o pensamento de Paulo ou como ele agia com as mulheres.
Paulo não tinha nenhum preconceito contra a mulher pregadora ou que ensina. O fato é que devemos observar tudo (por isto é importante ler a bíblia inteira) para não tirarmos conclusões precipitadas e colocarmos doutrinas em nossa comunidade que foge da palavra.
Iniciaremos pegando trechos da epístola paulina de 1 Timóteo 2:11-15 que é a parte mais pesada que alguns usam para não permitir que as mulheres sejam pregadoras. Fazendo uma análise versículo por versículo dela, do 11 ao 15.
O texto diz no verso 11: “A mulher aprenda em silencio, com toda sujeição”. Para entendermos o que Paulo dizia é necessário um conhecimento da cultura judaica da época. As mulheres não tinham a permissão de estudar, assim quando Paulo lhes exigia silêncio, o que queria é que elas tivessem no momento da palavra a chance de aprender, de ter o ensino das escrituras, de serem alunas.
O verso 12 diz: “Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio”. Tal epístola foi dirigida a Igreja que tinha em Efésio, assim não podemos generalizar, ainda mais por sabermos que tais mulheres não eram preparadas (não tinham conhecimento bíblico suficiente). É sabido também que tal comunidade era alvo constante de falsos mestres, deixando assim as mulheres sem experiência profunda com Deus ainda, suscetíveis aos falsos ensinos (2 Timóteo 3:1-9). Paulo não estava proibindo também de forma definitiva que as mulheres não viessem a ensinar, apenas estava esperando que as mesmas amadurecessem na fé para exercitar tal ministério (pois estavam confundindo a liberdade em Cristo – verso 9 ao 10).
Quando Paulo fala que a mulher não deve usar autoridade sobre o marido significa que ela está numa missão (submissão) juntamente com o mesmo, sendo que o marido é o líder e a mulher sua auxiliar na obra cristã, não querendo dizer que isto significa que a mulher deve ser um capacho, uma escrava, alguém que está abaixo, mas sim alguém que está ao seu lado, dando lhe o comando, pois o homem é o sacerdote da casa.
No ministério de Paulo vemos muitas mulheres sendo usadas na pregação como no ensino. Alguns exemplos são Febe (Romanos 16:1); Priscila ensinou Apolo, sendo este último um grande conhecedor das escrituras (Atos 18:24-26); Trifena, Trifosa, Pérside e Maria (Romanos 16:6-12); Evódia e Sintique (Filipenses 4:2). Vemos assim que tal proibição estava dirigida de forma parcial a igreja efésia, sendo que até mesmo o silêncio era algo particular para ela, pois vemos em outras comunidades Paulo confirmando mulheres falando, isto é, orando e profetizando ao público (1 Coríntios 11:5).
Até mesmo no ministério de Senhor Jesus, no evangelho de João obtemos a informação de uma mulher pregadora, sendo que esta evangelizou até mesmo os homens de uma cidade os trazendo até o Cristo prometido (João 4:39). Isto neste texto é a missão de um pastor. Levar as pessoas a Jesus, ela conduziu-os até Cristo como um pastor conduz as ovelhas para o aprisco.
Voltando ao texto de Timóteo, os versos 13 e 14 diz: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”. Isto tem haver com a posição que homem e a mulher devem ter tanto na Igreja como no lar. Como já mencionado, tal igreja passava por uma avalanche de falsos ensinos, assim como Eva foi enganada por satanás porque o homem não tinha tomada sua posição de líder (pois a proibição de comer do fruto foi dada a Adão), o mesmo poderia acontecer na igreja de Efésio, pela omissão dos homens que eram mais conhecedores da palavra. Assim como o erro (o pecado) se deu pela não tomada de posição de Adão (Romanos 5:12-21) o mesmo poderia voltar a ocorrer com esta igreja.
Por derradeiro o verso 15 fala: “Salvar-se-á, porém, dando luz à filhos, se permanecer com a modéstia na fé, no amor e na santificação”. Aqui temos a noção que a mulher não pode esquecer-se de seu papel no “crescei-vos e multiplicai-vos”, ou seja, de sua missão especialíssima em ser mãe, esposa, uma edificadora do lar. Com isto também a mesma desenvolverá premissas que ensinam a respeito do amor, santificação, fidelidade. É também uma lembrança da queda da humanidade, sendo que para a mulher foi reservada as dores do parto (conseqüências do pecado), ao que mediante a fé e a permanência de forma obediente a Jesus vê a salvação.
Termino então com a seguinte conclusão. A cruz de Cristo rasgou todos os “véus” que nos separavam de Deus. Através da cruz de Cristo Jesus não há mais preferências nem distinções, não há mais judeu nem gentio, não a livre nem escravo, não há homem nem mulher, todos estivemos debaixo do pecado, assim também agora todos estamos debaixo da maravilhosa graça redentora de Cristo, que nos libertou e nos chamou para sermos filhos do Deus Altíssimo, quebrando todo jugo que a maldição da Lei trouxe em seus ritos de exclusividade para determinadas castas (filhos de Arão, levitas, homens, mulheres, estrangeiros, deficientes), fazendo agora todos iguais quando salvos, assim, para todos tem o ide, todos tem a missão de pregar, ensinar, todos somos parte do corpo de Cristo, que possui membros, sendo que cada um tem uma função que pode ser diferente, mas que é de igual importância.
Por isto não façamos acepção de pessoas ou gêneros (masculino e feminino). Todos somos importantes para Deus e somos importante um para com os outros e que Deus vos abençoe.
FONTE: //templojovemvirtual.blogspot.com.br/

EDIÇÃO: www.facebook.com/PastoraMercesVasconcellos

domingo, 1 de março de 2015

"A Bíblia apoia a igualdade entre homens e mulheres"


"A Bíblia apoia a igualdade entre homens e mulheres", diz Arbutus Sider
Com uma voz doce, mas firme, a senhora Arbutus Sider afirmou que a Bíblia apoia a igualdade entre homens e mulheres. “A igualdade de gêneros é bíblica e focada no reino de Deus”. Sua plenária na manhã do último dia do IV Encontro Nacional da RENAS foi uma leitura abrangente da teologia bíblica sobre gêneros, começando em Gênesis e seguindo pelas páginas da Bíblia até os escritos de Paulo.

Arbutus disse que é preciso ler toda a Bíblia para entender a vontade de Deus para homens e mulheres. “Há apenas dois versículos, encontrados nas cartas de Paulo, que são mais ‘duros’ a respeito da mulher, mas que não representam a compreensão do apóstolo sobre o assunto. (...) Iniciando com a imagem ampla de criação-queda-redenção, nós podemos mais fielmente entender o que o cânon bíblico diz sobre qualquer tópico”.

terapeuta familiar lembrou que quando Deus fala em Gênesis 3.16 “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”, o texto é apenas uma descrição do que de fato ocorreria em nosso mundo cheio de pecado e caído. “Nada no texto sugere que essa palavra seja prescritiva e não meramente descritiva”, alerta.

Arbutus enfatizou que na obra redentora de Cristo, “ambos (homens e mulheres) são igualmente redimidos: igualmente perdoados por meio da cruz, igualmente transformados pelo Espírito Santo, igualmente parte do sacerdócio de todos os crentes e igualmente dotados para profetizar”.

Ela fez menção especialmente a Jesus, como “libertador das mulheres”. Para ela, Jesus elevou a dignidade das mulheres. “Ele teve amigas íntimas, numa época em que não era permitidofalar com mulheres em público”. Um exemplo é quando Jesus restaurou a dignidade da mulher samaritana e relevou-se a ela como Messias.

Arbutus disse que talvez o versículo mais claro sobre o valor da mulher por meio da obra de Cristo foi escrito por Paulo no livro de Gálatas 3.26-28: “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”

Sider finalizou sua preleção lembrando as razões porque a Bíblia defende a igualdade entre gêneros: primeiro, porque fomos criados igualmente à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27); segundo, porque somos igualmente redimidos na obra de Jesus; e terceiro, porque estamos igualmente inseridos na comunidade cristã e capacitados pelo Espírito Santo.

Encerrada a palestra de Arbutus Sider, a jornalista Elsie Gilbert foi chamada para orar. Emocionada, a editora da revista Mãos Dadas pediu a Deus que ajudasse a igreja cristã a obedecer a vontade divina para homens e mulheres, e que eles possam viver relacionamentos de respeito. Muitos ouvintes - em sua maioria mulheres, mas também homens – acompanharam a oração com lágrimas nos olhos.

http://antigo.renas.org.br/

Lissânder Dias do Amaral

https://www.facebook.com/MulherDigna

10 MENTIRAS que as Igrejas contam às MULHERES

10 Mentiras que as Igrejas Contam às Mulheres (Livro)

Fiquei deveras impactada com as revelações que o Dr. J. Lee Grady apresenta neste livro e, o importante, é que todas elas foram muito bem embasadas e fundamentadas em textos bíblicos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
As “mentiras” expostas no livro, são analisadas exaustivamente, porém sem cansar o leitor. Bem o contrário, a leitura prende nossa atenção do começo ao fim, pois nos monitora na interpretação bíblica dos textos que confirmam a aprovação de Deus de mulheres também sejam Ministras do evangelho, Pastoras e Reverendas, da mesma forma que os homens.
A forma simples e direta que o autor escreveu, permite que qualquer leitor compreenda perfeitamente a interpretação bíblica com relação à atuação de mulheres em posições de liderança no ministério pastoral.
A “mentira” que mais me impactou, foi a 4ª: “Uma mulher deve ver seu marido como o sacerdote do lar. Foi lendo esse capítulo, que recebi uma libertação interior; sempre me contive em realizar o ministério que Deus colocou em minhas mãos, esperando encontrar um homem que viesse a ser esse “sacerdote do meu lar”.  Dessa forma sempre vivi em conflito por ainda não ter encontrado essa pessoa. Os anos se passaram e sempre me senti cerceada e discriminada sutilmente por essa tradição social.
Hoje entendo que Deus me iluminou para evangelizar e ministrar no mundo virtual, pois é a única forma que encontramos liberdade para falar do grande amor de Deus manifestado de forma totalmente igual, tanto a homens quanto a mulheres.
“Jesus Cristo veio também para quebrar a maldição de homens dominando mulheres, começada no Jardim do Éden” (p. 107). O escritor não está de forma alguma, fazendo apologia ao feminismo ou sequer incentivando que as mulheresnão sejam sujeitas aos seus maridos; pelo contrário, deixa claro que, homens e mulheres são iguais espiritualmente falando; ambos são sacerdotes diante de Deus. A mulher não precisa depender do marido para receber uma revelação da parte de Deus, ou ministrar uma mensagem profética para a Igreja; o homem, segundo a Palavra de Deus, é o cabeça da esposa em todas as áreas do casamento, porém, espiritualmente, são igualmente sacerdotes diante de Deus, desde que ambos estejam em comunhão com o Pai.
“Quando uma mulher se casa, sua habilidade de ouvir a Deus não é desligada. Ela não renuncia à sua autoridade como crente em Cristo, quando faz seus votos solenes de casamento.” (p.111)
“Ambos (marido e mulher) devem ser ‘co-laboradores’ no reino, pois ambos são sacerdotes diante de Deus.” (p.112)
Temos vários exemplos de mulheres na Bíblia, que agiram corajosamente para livrar seu povo das mãos dos inimigos, e tiveram a aprovação de Deus. Confira na Bíblia Sagrada, a atuação de Débora (Jz. 4: 1-16), de Jael (Jz. 4:17-23), de Ester (Et. 4:1-17 e 5: 1-3), de Noemi quando dá instruções a Rute (Rt. 3:1-18), da mulher samaritana, quando Jesus a envia ao seu próprio povo (Jo 4:16, 28 e 39-42) e também das cooperadoras do Apóstolo Paulo (Rm. 16:1-15).
Outra informação que creio ser importante registrar aqui é que “o pesquisador George Barna apresenta em seu relatório que um número crescente de mulheres está se afastando da igreja, porque a igreja as tem marginalizado. Algumas dessas mulheres estão se voltando para o Movimento New Age. Algumas estão estudando aWicca, religião neopagã, que oferece às mulheres um sentido de autoridade por meio da comunhão mística com uma deusa da natureza; as profetizas da Wicca acreditam que o Deus da Bíblia  é uma irada deidade patriarcal que odeia mulheres” (p.258-259).
Homens sozinhos não vão alcançar esses povos feridos, composto, em sua maioria, por mulheres vivendo situações abusivas da parte de seus maridos e líderes religiosos. As mulheres sempre são mais suscetíveis e encontram maior graça para perdoar aqueles que as têm violentado, batido nelas, ou roubado sua inocência sexual.
“Muitas igrejas conservadoras se opôem com veemência a que mulheres ocupem posições de liderança, porque pensam que Deus abençoa a igreja somente sob a liderança de homens. Deus não quer sua Igreja controlada por homens ou mulheres; Ele a quer controlada pelo Espírito Santo.” (p.257)
“Gálatas 3:28 diz que em Cristo ‘Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (p. 257)
Quero aqui, deixar registrada minha palavra de gratidão à Editora Abba  Press, na pessoa de seu administrador, o Pr. Oswaldo Paião, por ter aprovado essa publicação na língua portuguesa. A Igreja brasileira será grandemente abençoada com a leitura de mais essa obra inspirada e revelada pelo Espírito Santo de Deus.
Sonia Valerio da Costa
Fonte: http://www.folhasviajantes.com.br/
EDIÇÃO: Pastora Merces Vasconcellos
https://www.facebook.com/PastoraMercesVasconcellos