sábado, 2 de abril de 2011

O RESULTADO DA PAIXÃO DE UM HOMEM!

Título: O INFERNO NASCEU DA PAIXÃO DE UM HOMEM

O INFERNO NASCEU DA PAIXÃO DE UM HOMEM!

Salomão, o filho mais moço de Davi com Bate-Seba, nasceu em Jerusalém por volta do ano 1000 a.C. e seu pai pôs-lhe o nome de Salomão, que quer dizer pacífico, por antecipação da paz e tranqüilidade que havia de caracterizar o reino de seu filho. Salomão reinou por quarenta anos em grande esplendor! Salomão errou em estabelecer um harém onde recolheu cerca de mil mulheres. Não poucas dessas mulheres eram princesas que ali estavam como penhores de amizades e alianças políticas, por conseqüência, eram estrangeiras e idólatras, que lhe perverteram o coração a ponto de ser induzido por elas a erigir altares e templos aos seus deuses. O relato bíblico é muito claro, pois está escrito no Primeiro Livro dos Reis, capítulo 11, vers. 1 a 9. “E o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, das nações de que o Senhor tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas, e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor. . E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai, Porque Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e Milcom, a abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do Senhor; e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai. Então edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom. E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras; as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses. Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão; porquanto desviara o seu coração do Senhor Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera.”

Dentre tantos lugares escolhidos para a edificação de altares a deuses pagãos na cidade de Jerusalém, estava o “Vale do filho de Hinom”; em Hb. {èoNih-}eb yØ"G . Neste lugar, no fim de sua vida, o rei Salomão ergueu altares a Moloque, seduzido pelas mulheres amonitas a quem amou loucamente. Nos séculos seguintes os israelitas ofereciam seus filhos a Moloque, queimando-os no Vale dos filhos de Hinom e nos altos de Tofete. Sl. 106: 38; Jr.7:31; 2 Rs. 23:10. Um dos descendentes de Salomão, o rei Manassés, que reinou entre 696 a.C. a 642 a.C. foi profundamente afetado pela adoração às divindades pagãs, e também queimou alguns de seus filhos no altar de Moloque em Hinom. “Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do Senhor, para provocá-lo à ira.” 2 Cr.33:6. Foi dentro deste contexto religioso e abominável aos olhos do Senhor, que foi crescendo e se fortalecendo no inconsciente coletivo judaico o “Vale de Hinom”, como sendo o símbolo do inferno. Nos dias da vida e ministério do Senhor Jesus, em seus ensinamentos, nosso Senhor falou acerca do “fogo da Geena” no texto gr. geennan tou= puroj, em muitas traduções da Bíblia está escrito “fogo do inferno”. Mt. 5: 22, 29, 30; Mt.10: 28; Mt.18: 9; Mt.23: 15, 33; Mc.9: 43, 45, 47; Lc. 12:2; Tg.3:6. O Senhor Jesus, sendo judeu, e sabendo que o seu próprio povo tinha a Geena, como o símbolo do Inferno, transmitiu alguns de seus ensinos considerando este simbolismo, conforme alguns textos acima nos dão conta. Ele fez referência a este símbolo conhecido por praticamente todo judeu contemporâneo, e alguns rabinos até acreditavam que ali no Vale de Hinom ou Geena estava a porta para o inferno! Geena é uma transliteração fonética do hebraico, Gehinom “Vale de Hinom”; diz respeito à mesma localização geográfica, uma depressão profunda que ficava ao sul de Jerusalém. Nos dias de Cristo o lixo da cidade de Jerusalém era lançado na Geena, ou seja, no Vale de Hinom. Era possível ver o fogo queimando diuturnamente e também, corpos de animais e de indigentes, que ali eram jogados, entrando em estado de putrefação e sendo comidos por vermes; dentro desta realidade é que o Senhor Jesus disse: “Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.” Mc.9:48. Daí justifica dizer à luz da própria Escritura Sagrada, que o inferno nasceu da paixão de um homem! Em seu simbolismo é claro! O rei Salomão foi este homem apaixonado!
Pr.Durvaldo de Faria C. Duarte