sexta-feira, 10 de maio de 2013

Socorro! Meu ministério está em crise!!!

Infelizmente esse é o pensamento de milhares de cristãos neste momento. Suas mentes fervilham em busca de respostas e de soluções para os mais variados tipos de problemas que inevitavelmente surgem na vida de um líder. Tempos de crise geram variadas preocupações e faz com que inconscientemente ele acabe perdendo todas as suas forças até se tornar uma pessoa amarga, esguia e cada vez mais desconfiada de tudo e de todos. Essa cadeia de reações negativas rapidamente potencializa a crise uma vez que atinge a autoestima, inibindo a força de reação. Quando a crise se acentua o líder acaba levando para o lado pessoal, redobrando as cobranças em cima de si próprio desgastando-se ainda mais. As crises ministeriais devem existir, para que tragam vigor, sabedoria e maturidade, mas essas crises por característica devem ser passageiras e geralmente atingir apenas o interior do líder. Uma vez que se tornam frequentes, duradouras, passando influenciar negativamente nos resultados da liderança, aí realmente algo sério pode estar acontecendo. Quando o líder não consegue detectar este “algo sério” ele pode estar em grandes apuros, sofrer grandes perdas e até ser banido do processo de liderança. No ministério, há muitas agressões psicológicas relacionadas a: problemas financeiros, falta de resultados, cobrança dos superioores, comparação com outros líderes e a perda de liderados. Um líder pode perder pessoas por dois motivos: O primeiro é por conflitos pessoais do liderado, essa perca geralmente não atinge o líder, o segundo tipo de perda é justamente por causa do estilo de liderança que o líder está empregando. Quando as percas ocorrem por conflitos pessoais dos liderados, o líder perde o que ele tem de pior e isto pode até contribuir para aprimorar o grupo e fortalecer a liderança, mas quando as percas se origina na má gestão do líder, aí ele segue perdendo o que tem de melhor, o que pode comprometer totalmente a sua liderança. Isso ocorre porque as melhores pessoas reconhecem suas próprias potencialidades e às vezes estão sendo subjugados por uma visão errada do líder. O que agrava ainda mais a situação é que as pessoas de mais força tentam contornar os maus momentos ou as divergências se adequando o quanto podem para se alinhar com a visão de liderança empregada pelo líder, se pessoas boas abandonam o líder, pode ser um mau sinal. Em grande parte, todas as crises que circundam a vida de um líder são geradas entre seus liderados e o erro maior acontece quando ele tributa a esse mesmo povo toda a culpa pelos seus insucessos. Ora, quando temos alguém para imputar a culpa acabamos nos absolvendo e se “livramos a nossa cara”, a busca por soluções se torna desinteressante e ainda deixamos de aprender com as consequências. É muito comum também que pessoas entrem em crise por causa da descrença no sistema religioso, uma vez que esse é totalmente falho, girando mais em torno de homens ambiciosos do que em torno de Deus e raramente se contextualiza com Bíblia. O sistema religioso geralmente gera terríveis duvidas e confrontos e como não apresenta as respostas que muitos procuram, estes acabam alimentando a decepção, que logo se transforma em crise e por isso, muitos abandonam a fé. O líder deve ter muito cuidado na forma como enfrenta as crises que lhe atingem pois podem ser destrutivas.Elas não só podem comprometer sua liderança mas também causar problemas irreversíveis na saúde e os principais sintomas são: insônia, nervosismo, depressão aguda que pode se tornar crônica; dores de cabeça, problemas gastrointestinais e queda da autoestima que baixa as defesas do organismo abrindo as portas para vários outros tipos de enfermidade, inclusive o câncer. Sem falar nos graves problemas traumáticos e psicológicos que podem ser acrescentados ao quadro. Os líderes espirituais, de forma quase generalizada ainda não aprenderam a lidar com a altivez. Eu não consigo entender o que leva um líder de Deus a se tornar tão cheio de si e a pensar que seu trabalho tem mais aprovação do que o de todos os demais. Quem passa o tempo todo apenas falando de seus êxitos, provavelmente irá deparar com mais dificuldade, pois se sentirá humilhado quando precisar buscar algum tipo de ajuda, principalmente quando tiver passando por crise. Outro mal da altivez ainda não vencida é que ela leva os líderes a viverem em clima de alta competitividade uns com os outros, fazendo com que seja adicionado mais dois fatores maléficos a qualquer tipo de crise: •1). Por mais que a crise os perturbe tentam demonstrar um quadro de normalidade, pois imaginam que admitir a crise é demonstrar fraqueza, e a demora na busca por soluções faz com que a crise piore ou se torne irreversível. •2). São levados a manter uma vida de intensa comparação. Quando um líder compara seus resultados com o de outros líderes ele “aponta uma arma para sua própria cabeça”, pois a comparação é altamente destrutiva e desgasta ainda mais suas emoções porque ele passa a ver aqueles com os quais se compara como rivais. Esse comportamento quase sempre é demonstrado por pessoas que não confiam em si próprias e ele faz com que nasça uma nova crise dentro da que já existe. Por fim, um grande problema que muitos líderes não perceberam ainda é que a liderança exige muitos cuidados, principalmente quando diz respeito a área dos relacionamentos, neste processo, quem é mais inseguro acaba se tornando muito solitário, assim, quando as crises chegam, geralmente não encontram ninguém para abrir seu coração e solicitar algum tipo de orientação ou ajuda, neste caso, algo que poderia ser simples de resolver pode se tornar num símbolo de fracasso. - POR Pastor Adeneir Sousa de Oliveira Site: oleoprecioso.com