sexta-feira, 9 de março de 2012

A MULHER NA BÍBLIA


Dois erros comuns respeito à Mulher na interpretação da Bíblia
1º. “Mulher Virtuosa”: de Provérbios 31: aplicar a descrição específica da mãe do Rei Lemuel a toda mulher ideal no Mundo:
Minha reflexão: Embora muitos ou todos os princípios estimados por uma mulher que, no mínimo gerou um bom fruto, um rei exemplar, sejam aplicáveis hoje e sempre à Mulher Ideal, a descrição é cultural e não divinamente autoritativa. Cada cultura, e cada época têm a sua “mulher ideal”,
A mulher ideal apresentada pela mãe ao rei Lemuel, é ela própria, uma esposa, e mãe; primeiramente esposa que cinge os seus lombos, o que quer dizer que assume o peso e as responsabilidades da casa como homem, não sendo; e segundamente mãe, com filhos e esposo que a louvam.
Essa mulher trabalha pelo lar tanto quanto o homem, porém, na cultura daqueles tempos, somente dentro de casa, e quando sai às ruas, é para trazer mais matéria prima para o seu trabalho caseiro, e findar o dia ouvindo a sabedoria dos homens, incluído o seu esposo, sentados à porta da casa que não envergonha a ninguém.
Finalmente, ela se coloca como exemplo para que o seu filho jovem não se bobeie com qualquer mulher, por bonita que seja se não contiver juntamente a riqueza interior e o exemplo de vida dela, como mãe.
2º.  O marido tem que “amar”; a esposa “respeitar” ao seu marido (Ef.5:33):
Condicionam o respeito, ao amor expressado; se não virem ou não sentirem amor, então, não há respeito...
Minha Reflexão: Ninguém de nós pode servir de “vara ou cinta de medir”, porque somos imperfeitos. Só Deus é perfeito, e a Sua Palavra conforme ela própria se interpreta e o Espírito Santo.
Não pode o homem amar somente se a sua mulher lhe respeita, nem a mulher respeitar somente se ele a ama. Tampouco aqui há uma especialização de funções, que um deva amar e o outro deva apenas respeitar. A analogia é de Cristo e a Igreja. Resultando desta analogia, Cristo ama a Sua igreja, o Seu próprio Corpo, ao ponto de dar a Sua vida por ela e para ela, enquanto Ela se sujeita a Ele voluntariamente como reação a entrega dele, e pela força da Vida dele infundido nela. Acaso o Corpo não tem a vida da Cabeça? Ou, por caso, o Corpo tem uma vida diferente e independente da sua cabeça?   
O amor e a sujeição resultam da Vida que vem desde a Cabeça para o Corpo. Assim, o matrimônio adequado é aquele onde o homem está devidamente sujeito a Cristo, e a mulher devidamente sujeita ao seu marido.
Assim como o homem não pode, não tem autoridade para questionar a Cristo se de fato Ele está adequadamente sujeito a Deus Pai, tampouco a mulher tem essa autoridade de questionar ao seu marido.
Ambos devem estar sujeitos a Cristo, e cada um deixar fluir por Si a autoridade e o amor do Pai de cima para baixo. De baixo para cima, permitir fluir RESPEITO ao Pai, que implica dizer obediência e sujeição ao Pai que é o Amor.
Veja: Aqui o Corpo tem a vida da Cabeça, não uma vida diferente e independente. E o Corpo tem Membros, que são os filhos.
Um matrimônio adequado tem um homem e pais sujeitos a Cristo, uma mulher sujeita ao seu marido, e resultante disto, filhos que imitam o amor no casal e o respeito para com Deus de ambos os pais. Pois, o respeito está no final da escalação de autoridades, implicando que os humanos (homem e mulher devem respeitar e estar sujeitos a Deus), e o amor entrelaça a Humanidade com a Divindade, mostrando com isto que só se ama de verdade com Deus no coração, ou melhor, pelo Ato de doação do Pai e do Filho simultaneamente.
Podemos ser casal adequado, pais adequados e famílias adequadas, devidamente colocados cada um no seu lugar, para que a Vida do Pai flua devidamente. Onde quer que essa vida se corte ou se desvie, o cristão deve apelar por Justiça ao Pai, e não iniciar a sublevação tão comum no mundo ímpio. Lembre-se. Nem o homem, nem a mulher, nem os filhos não são mais “filhos de desobediência e de ira” como antes de sermos salvos, senão de amor, e paz. Mas, não esperemos paz permanente e amor para sempre, violando deliberadamente estes princípios de Deus para nós, em todos os tempos.  

Tito Berry Apóstolo